Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Conto de horror

A PRESENÇA

1 Acho que foi na segunda  ou terceira noite que passei na casa nova em Curitiba. Não lembro mais. Estava sozinho, era uma noite gelada de inverno. Estiquei o colchonete no chão, apaguei a luz, me deitei e me cobri com os dois cobertores grossos e felpudos que tinha ganho de minha irmã. E rezei muito pedindo para permanecer sozinho. Não adiantou. Não demorou e senti a presença no quarto, a mesma que já tinha sentido na casa da qual acabará de me mudar. O ar ficou mais frio do que já estava e alguma coisa subiu pelos meus pés em direção ao meu rosto... Naquela noite gelada de inverno, eu me encolhi sob os cobertores, desejando que a solidão fosse sua única companhia. Mas o universo tinha outros planos. A escuridão do quarto parecia mais densa, como se algo estivesse espreitando nas sombras. A presença se materializou lentamente. Primeiro, um arrepio percorreu a minha espinha, e eu pude sentir os pelos dos braços se eriçarem. O ar ficou ainda mais frio, e eu pude ver meu próprio hálito c

Micro conto de terror número 48

> Ela estava sozinha em casa e ouviu um barulho vindo do quarto. Quando entrou, viu que a janela estava aberta e a cortina se movia com o vento. Ela fechou a janela e voltou para a sala. Quando olhou para a televisão, viu uma mensagem escrita na tela: "Eu ainda estou lá fora".

Micro conto de terror 28

Sarinha escutou o barulho do carro do pai e gritou do quarto.  "Oi pai, a mamãe está com o senhor?" "Não querida. Pensei que ela já estava aqui", respondeu o homem enquanto arrastava o corpo da esposa pela cozinha na direção da porta do porão.

ANA MARIA (CONTO DE HORROR)

     "O que fazer quando não temos para quem pedir socorro?"    Ana Maria escutou a hora que a porta da sala abriu e fechou. Depois foi a vez da porta do banheiro. Abriu e fechou, depois abriu e fechou novamente. Na escuridão do quarto Ana Maria encolheu-se sob o cobertor.    Então foi a vez dos passos na escada. Um degrau, dois, três, Ana Maria encolheu-se ainda mais. Queria poder sumir.     Os passos não estavam mais na escada, agora era o corredor que levava aos quartos. Será que sua mãe estava dormindo? Queria poder chama-la, mas sabia que ela não viria.    Então os passos pararam defronte a porta do quarto e Ana Maria escutou a maçaneta da porta ser girada.  A menina - ela tinha onze anos - estranhou quando a luz foi acesa. O monstro não costumava acender a luz.    "Ana Maria?" chama uma voz conhecida. O medo cede lugar a alegria. Ana descobre a cabeça e fita os olhos do tio Stanislaw, irmão de sua mãe. Ele a abraça e a levanta sem dificuldade, pegando-a no col