DEMÔNIOS
Demônios. A chuva começou assim: em questão de minutos o céu sobre Curitiba encheu-se de nuvens de tempestade. Nuvens pesadas, escuras, opressivas. Raios começaram a riscar o firmamento e o ribombar dos trovões se fizeram ouvir com intensidade. E o aguaceiro. O aguaceiro foi tão intenso que era impossível enxergar qualquer coisa na rua. Esse talvez tenha sido o motivo do veículo bater e capotar diversas vezes indo acabar dentro de uma valeta. E o seu ocupante? Bem… O homem não fazia a menor idéia de onde estava e nem como fora chegar ali. Lembrava-se apenas de estar dirigindo pelas ruas de Curitiba, indo para casa depois de um dia extenuante no serviço. E então isso. Esse lugar estranho. Parado de pé em meio a imensa planície ele contemplava a paisagem. O firmamento de um azul limpíssimo no qual se destacava o sol inclemente e abaixo o mar de relva que se estendia até o horizonte. Ele permaneceu assim por algum tempo, perdido em indagaçõ