KRIPTA, 1001 histórias, contos e micro contos de terror.

 Era uma noite de lua cheia, fria e silenciosa.  Na madeireira num bairro afastado do centro de Curitiba o guarda noturno Paulo Alves estava fazendo sua ronda de rotina quando ouviu um som estranho vindo do depósito de madeira. Ele se aproximou cautelosamente, o cassetete  em uma das mãos e a lanterna na outra e viu um vulto se movendo entre as pilhas de toras de madeira. Paulo chamou o intruso, mas não houve resposta.  Ele se aproximou mais e ficou apavorado  quando viu que o intruso  era uma criatura enorme, lembrando um grande lobo, só que caminhando sobre as patas traseiras. Isso e mais o fato de ser noite de lua cheia foi o suficiente para ele entender que aquilo era um lobisomem!  A criatura observou Paulo com seus olhos malevolos e e depois, com um urro selvagem avançou em sua direção. Paulo virou-se e tentou correr, mas o monstro era mais rápido  e logo o alcançou, derrubando-o no chão. Paulo  tentou se defender com seu cassetete, mas o lobisomem era mais forte e jogou o casseg

O que você faria se encontra-se uma criança precisando de ajuda?  O apartamento de Abelardo  fica no décimo  sétimo andar de um prédio residencial bem  no Centro de Curitiba. Não há sacada, a janela dá direto para uma queda livre de vários metros até a rua la embaixo. Por isso a surpresa   dele ao acordar as onze horas daquela noite gelada de inverno  com o som de batidas insistentes  no vidro da janela fechada e uma voz infantil a pedir "Socorro,  Socorro,  Socorro". Preocupado, ele levantou-se  da cama quentinha, acendeu a luz do quarto  E foi até a janela verificar o que estava acontecendo porque a primeira ideia que lhe veio a mente foi que alguém cairá de um dos apartamentos  superiores e agarrava-se desesperadamente à vida segurando-se à beirada de sua janela. E o que viu encheu seu coração de desespero.  Havia dedos agarrados à beira da janela. Dedos pequeninos que só  poderiam pertencer a uma criança  que se agarrava desesperadamente a vida. Num movimento rápido ele l

Aquela era uma noite fria de inverno, Aninha tinha acabado de se deitar. Puxou o cobertor por sobre a cabeça e ficou bem quietinha. Sentia medo. Do quarto ao lado vinha os roncos do seu pai. Da sala vinha o som da tv ligada. Geralmente ouvir o pai no quarto ao lado a acalmava. Só que apenas os dois moravam na casa. E se seu pai estava dormindo, então quem ligou a televisão na sala?