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ANACONDA. (Conto de terror.)

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 O vento uivava através das árvores retorcidas, e o ar estava impregnado com o cheiro úmido do pântano. O ribeirinho, um homem solitário que vivia à margem do rio, estava acostumado com os sons noturnos da floresta. Mas naquela noite, algo estava diferente. Ele estava em seu barco de pesca, remando devagar pelas águas escuras. A lua estava escondida atrás de nuvens espessas, lançando sombras sinistras sobre a superfície do rio. O ribeirinho sentia uma inquietação, como se estivesse sendo observado por olhos invisíveis. De repente, um ruído estranho ecoou pela noite. Era um som arrastado, como se algo enorme estivesse se movendo na lama. O ribeirinho olhou ao redor, mas não viu nada além das árvores e da escuridão. Ele tentou ignorar o medo que se insinuava em seu peito. Mas então, algo emergiu da água. Uma cabeça gigantesca, com olhos amarelos e ferozes, apareceu ao lado do barco. O ribeirinho prendeu a respiração. Era uma anaconda, uma serpente monstruosa que não deveria existir naque

MEDO (Micro conto de terror)

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  Eram onze horas de uma noite fria de inverno em Blumenau, Camila voltava do colégio e teve que parar na rua de barro ao ouvir um rosnado profundo. Seus olhos se arregalaram. Cinco metros a sua frente, sentado no meio do caminho,  um rottweiler a observava fixamente. 

LUZES NO CÉU (Conto de terror)

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Era uma noite escura e fria, e os dois amigos, João e Pedro, estavam voltando para a fazenda onde trabalhavam, depois de uma noite de bebedeira na cidade. Eles seguiam pela estrada de terra, conversando e rindo, sem se importar com o silêncio que os cercava. De repente, eles viram uma luz brilhante no céu, que parecia se mover rapidamente de um lado para o outro. Eles pararam o carro e saíram para ver melhor o que era aquilo. - Que diabos é isso? - perguntou João, assustado. - Parece um disco voador! - exclamou Pedro, fascinado. - Você acha que são aliens? - indagou João, nervoso. - Não sei, mas vamos ver de perto! - disse Pedro, correndo em direção à luz. - Espera, Pedro, não vai! - gritou João, tentando segurá-lo. Mas era tarde demais. Pedro já estava longe, e a luz se aproximava cada vez mais dele. João ficou paralisado, sem saber o que fazer. Ele viu Pedro levantar os braços, como se quisesse tocar na luz. Então, a luz se intensificou, e Pedro desapareceu. - Pedro! Pedro! - gritou

Micro conto de terror número 43

** Um pequeno conto de terror " "Eu estava sozinho em casa e ouvi um barulho vindo do quarto. Quando entrei, vi que a janela estava aberta e a cortina balançava com o vento. Mas eu me lembrei que a noite estava calma e que não havia vento.

TORMENTO

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  Tormento A mulher estava assustada. Muito assustada mesmo. Sozinha no quarto escuro e frio ela segurava com ambas as mãos o cobertor na altura do queixo enquanto seus olhos grandes e castanhos não desgrudavam dos pés da cama de casal. E ela queria, o Deus, como ela queria imensamente que seu marido estivesse ali com ela ao invés de no serviço de vigia noturno que havia conseguido depois de passar mais de um ano desempregado. A mulher estava assustada. Muito assustada mesmo. Sozinha no quarto escuro e frio ela segurava com ambas as mãos o cobertor na altura do queixo enquanto seus olhos grandes e castanhos não desgrudavam do vulto acocorado sobre os pés da cama com seus brilhantes olhos vermelhos a observa-la e suas imensas asas de morcego abertas a ocuparem quase de uma parede a outra do quarto. Já era a quarta noite que isso acontecia. A quarta noite em que a coisa ficava ali empoleirada nos pés da cama. E ela, a mulher, tinha medo de coment

UMA CRIANÇA EM UMA NOITE FRIA

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  Albert, de nove anos, voltava para casa depois de ter passado a tarde inteira jogando Need for Speed na casa de seu melhor amigo. E como de costume fazia isso andando pela trilha no meio do bosque. O motivo? Bem, por que fazer uma caminhada de meia hora, se por aquela trilha ele estaria em casa em apenas dez minutos? Mesmo já estando escuro, o menino andava tranquilo pelo caminho que ele tão bem conhecia. E também o pouco de luz da lua que se infiltrava por entre as copas das árvores ajudava bastante para enxergar a trilha. Albert respirava fundo o ar fresco e úmido do bosque, sentindo o cheiro de terra e folhas. Ele ouvia os sons dos grilos e das corujas, e às vezes o vento balançando os galhos. Ele sentia o chão macio sob seus pés e o frio na ponta de seus dedos. Ele já tinha andado quase metade do caminho quando finalmente percebeu que não estava sozinho ali. Porque alguma coisa se moveu na mata à sua esquerda. O menino soube através do barulho de um graveto se quebrando. Só então