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Mostrando postagens com o rótulo sobrenatural

ANACONDA. (Conto de terror.)

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 O vento uivava através das árvores retorcidas, e o ar estava impregnado com o cheiro úmido do pântano. O ribeirinho, um homem solitário que vivia à margem do rio, estava acostumado com os sons noturnos da floresta. Mas naquela noite, algo estava diferente. Ele estava em seu barco de pesca, remando devagar pelas águas escuras. A lua estava escondida atrás de nuvens espessas, lançando sombras sinistras sobre a superfície do rio. O ribeirinho sentia uma inquietação, como se estivesse sendo observado por olhos invisíveis. De repente, um ruído estranho ecoou pela noite. Era um som arrastado, como se algo enorme estivesse se movendo na lama. O ribeirinho olhou ao redor, mas não viu nada além das árvores e da escuridão. Ele tentou ignorar o medo que se insinuava em seu peito. Mas então, algo emergiu da água. Uma cabeça gigantesca, com olhos amarelos e ferozes, apareceu ao lado do barco. O ribeirinho prendeu a respiração. Era uma anaconda, uma serpente monstruosa que não deveria existir naque

A noite de lua cheia (conto de terror)

A Noite de Lua Cheia O Dr. Eduardo, um médico respeitado em Curitiba, decidiu levar sua esposa, Ana, e suas duas filhas, Sofia e Isabela, para um retiro tranquilo em uma casa de campo. A propriedade, cercada por densa floresta, parecia o lugar perfeito para escapar da agitação da cidade e quem sabe ajudá-lo a se reaproximar da esposa. A família chegou na sexta-feira à tarde, quando o sol começava a se pôr. A casa de campo era pitoresca, com paredes de pedra e um telhado de ardósia. O ar fresco e o cheiro de pinheiros encheram seus pulmões. O Dr. Eduardo estava ansioso para passar um fim de semana relaxante com sua família. Na primeira noite, eles se reuniram ao redor da lareira. O crepitar das chamas e o calor acolhedor criaram uma atmosfera aconchegante. As meninas riram enquanto Ana preparava um jantar simples. O Dr. Eduardo observava sua família com carinho, grato por aquele momento de paz.   Nas noites seguintes, a lua cheia brilhava intensamente no céu. Os cães da vizinhança uivav

Okiku (uma assustadora lenda japonesa)

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"Pessoal, espero que curtam muito a história, e espero também que compartilhem com seus amigos e seguidores e também comentem se gostaram ou não. Ajudem o blog a crescer."  **Okiku** Há muito tempo, no Japão, existia uma muñeca chamada **Okiku**. Ela era uma boneca de porcelana com cabelos negros onde habitava o espírito de uma menina falecida. A lenda remonta a 1932, quando um jovem chamado Eikichi Suzuki presenteou a boneca a sua irmã, Okiku. A menina estava gravemente doente e o irmão esperava que a boneca a fizesse feliz. Okiku e a boneca se tornaram inseparáveis. No entanto, após cinco meses, a menina faleceu. A família, desconsolada, guardou as cinzas da menina em um altar familiar e colocou a boneca ao lado. Foi então que algo estranho começou a acontecer. O cabelo da boneca **crescia**. Não era um crescimento normal; em questão de semanas, o cabelo da boneca atingiu o comprimento dos joelhos. A família ficou perplexa e aterrorizada. Dizem que o espírito da menina perm

MICRO CONTO DE TERROR NÚMERO 65

 Os dois Pitbull, duas feras, avançaram contra a criança aproveitando o portão aberto. Quando o dono dos cães saiu de dentro da casa para acudir, teve que ajuntar os restos dos cães com uma pazinha. Não havia nem sinal da criança...

Micro conto de terror 59

"O casal recém-casado se mudou para uma casa antiga e assombrada. Logo na primeira noite eles ouviram barulhos estranhos e sentiram uma presença constante. Na segunda noite, a esposa acordou com um sussurro em seu ouvido. Ela virou-se para ver o marido dormindo ao seu lado. Quando ela olhou para o outro lado, viu um homem pálido e sem rosto olhando para ela. Ela gritou, acordando o marido. Quando ele acendeu a luz, o homem desapareceu. Acho que não preciso nem falar que eles nunca mais dormiram naquela casa novamente." Espero que tenha gostado da historia

MICROCONTOS DE TERROR 1

 Margareth deu tchau para os seus pais e ficou vendo-os cruzarem a praça do outro lado da rua até desaparecerem de vista levando  seu irmãozinho no colo. Então fechou a porta da sala e foi pada a cozinha preparar um lanche. E levou o maior susto de sua vida. Seu pai estava sentado em uma cadeira, lendo o jornal e sua mãe preparava uma mamadeira de mingau. "Oi querida" - disse a mãe. "Teu irmão tá na sala? Vai buscar ele pra tomar a mamadeira..."

A SOMBRA Edgar Allan Poe (conto de terror)

 Sombra Edgar Allan Poe Vós, que me ledes, estais ainda entre os vivos; mas eu, que escrevo, terei desde há muito partido para o mundo das sombras. Na verdade, estranhas coisas virão, inúmeras coisas secretas serão reveladas, e muitos séculos decorrerão antes que estas notas sejam lidas pelos homens. E quando eles as tiverem lido, uns não acreditarão, outros porão as suas dúvidas, e muito poucos de entre eles encontrarão matéria para fecundas meditações nos caracteres que eu gravo com um estilete de ferro nestas tabuinhas. O ano havia sido um ano de terror, cheio de sensações mais intensas que o terror, sensações para as quais não há nome na Terra. Muitos prodígios, muitos sinais haviam ocorrido, e de todos os lados, em terra e no mar, se tinham amplamente estendido as asas negras da Peste. Aqueles, porém, que eram sábios, conhecedores dos desígnios das estrelas, não ignoravam que os céus prenunciavam desgraça; e, para mim (o grego Oino), como para outros, era evidente que atingíamos o

A MÃO DO MACACO.

 A noite estava fria e úmida, mas, na pequena sala de Laburnam Villa, os postigos estavam cerrados e o fogo ardia intensamente. Pai e filho jogavam xadrez. O primeiro tinha ideias próprias sobre o jogo que envolviam mudanças radicais, colocando o rei em tão graves e desnecessários perigos que provocava comentários até mesmo da grisalha senhora que tricotava placidamente junto à lareira.  – Escute o vento – disse o Sr. White que, percebendo tarde demais que cometera um erro fatal, cuidava benevolamente para que o filho não o percebesse.  —Estou ouvindo — disse o último, examinado impiedosamente o tabuleiro, ao estender a mão.  —Xeque.  —Não creio que ele venha esta noite — disse o pai, com a mão a pousada sobre o tabuleiro.  —Mate! —replicou o filho.  —Este é o lado ruim de viver em um lugar tão remoto — o Sr. White vociferou, com uma súbita e inesperada violência. — De todos os lugares terríveis, distantes e lamacentos para se morar, este é o pior. O caminho é um lamaçal e a estrada é

O CAMINHO DOS AMANTES

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 Eram nove horas de uma noite extraordinariamente fresca, o céu estrelado, os grilos e os sapos em sua sinfonia no bosque próximo. Arthur Henrique imaginou que era a noite perfeita pra levar sua namorada Samantha pra conhecer o "caminho dos amantes". Arthur levou Samantha até o fim da rua das Rosas, que era aonde começava o Caminho dos Amantes,que na verdade não passava de uma picada aberta no bosque que servia de motel para aqueles que não dispunham do vil metal para pagar o único motel de verdade que existia em Vila Velha. Adentraram o caminho tendo Hércules, o enorme mastim napolitano da moça sempre a frente. Seguiram assim por alguns minutos até que Arthur e Samantha notaram que o cachorro começou a ficar irrequieto. "Calma garoto" - falou Samantha tentando tranquilizar o animal que de repente começou a latir e rosnar furioso para alguma coisa nas sombras do bosque do outro lado de uma grande clareira banhada pela luz da lua cheia. De repente alguma coisa parece