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Mostrando postagens com o rótulo conto de terror

UMA NOITE CHUVOSA (Conto de terror)

 A noite estava escura e chuvosa, com a estrada sinuosa serpenteando pelas montanhas entre Curitiba e Blumenau. O homem, um viajante solitário, dirigia com cuidado, os faróis do carro cortando a escuridão como lâminas afiadas. A chuva batia no para-brisa, criando um ritmo hipnótico que ameaçava embalar o motorista em um sono profundo. O rádio estava sintonizado em uma estação estática, e o homem lutava contra o cansaço. Ele havia partido de Curitiba tarde demais, e agora estava pagando o preço. Seu olhar se fixava na estrada, mas sua mente vagava para lugares sombrios. Ele pensava em histórias de lobisomens e criaturas noturnas, contadas pelos moradores das pequenas vilas que passara. Foi então que aconteceu. O carro derrapou na pista molhada, rodopiando descontroladamente antes de capotar e cair em uma ribanceira. O impacto foi brutal, e o homem desmaiou. Quando acordou, estava confuso e dolorido. O carro estava destruído, as portas amassadas e os vidros quebrados. Ele tentou se mover

O DEVORADOR (Conto de terror)

 Nas noites escuras e tempestuosas, na pequena cidade costeira de Arkham, algo sinistro  caminhava pelas sombras. Os moradores sussurravam sobre um ser alienígena que havia chegado à Terra em uma nave espacial antiga, enterrada sob as colinas cobertas de musgo. Esse ser, conhecido apenas como "O Devorador", tinha uma fome insaciável por carne humana. Os relatos eram vagos, mas todos concordavam em uma coisa: o Devorador era uma abominação. Sua pele era escamosa e escura, como se tivesse sido moldada a partir das profundezas do oceano. Seus olhos brilhavam com uma luz estranha e hipnótica, e suas garras afiadas eram capazes de rasgar um homem em pedaços. As histórias diziam que a cada vinte anos essa monstruosidade visitava Arkhan, e que durante essas visitas muitos moradores da cidade morriam servindo de alimento para esse monstro. Então, em uma noite de terrível tempestade, os habitantes de Arkham começaram a desaparecer. Pescadores que saíam para o mar nunca mais voltavam.

A Maldição do Lobisomem de Barra do Aririú( conto de terror)

--- ##  Na pequena cidade de Barra do Aririú, em Santa Catarina, as noites eram envoltas em neblina e segredos. Os moradores sussurravam histórias antigas sobre uma criatura que perambulava pelas ruas escuras, um ser que não pertencia a este mundo. Era o ano de 1923, e o inverno havia se instalado com uma ferocidade incomum. As árvores retorcidas pareciam sussurrar segredos ancestrais, e a lua cheia lançava sombras distorcidas sobre as casas de madeira. Os habitantes da cidade evitavam sair após o anoitecer, temendo o desconhecido. Um jovem chamado Elias, curioso e destemido, decidiu investigar os estranhos acontecimentos. Ele ouvira falar de um lobisomem que assombrava a região, mas acreditava que tais lendas eram apenas superstições de almas assustadas. Uma noite, Elias seguiu os uivos distantes até a floresta que cercava a cidade. As árvores pareciam se contorcer, e o ar estava impregnado com um odor metálico. Ele avançou, guiado apenas pela luz fraca da lua. Foi então que ele o viu

O Mistério de Valdivia (conto de terror)

--- ## O Mistério de Valdivia ### Capítulo I: A Chegada Em **1919**, o jovem arqueólogo **Samuel Aldridge** desembarcou no porto de **Valdivia**, uma cidade isolada na costa do sul do Chile. Ele estava em busca de artefatos antigos e lendas esquecidas, atraído pelas histórias sussurradas pelos pescadores locais. Valdivia era conhecida por suas florestas densas, nevoeiros persistentes e uma atmosfera carregada de mistério. Samuel alugou um pequeno quarto na **Pensão El Cisne**, um edifício de madeira com janelas enegrecidas pelo tempo. A dona da pensão, **Dona Isabella**, uma mulher de olhos sombrios e cabelos prateados, olhou para ele com desconfiança. "Cuidado com as sombras, meu jovem", ela sussurrou. "Elas têm memórias antigas." ### Capítulo II: As Ruínas de Chiloé Samuel começou suas escavações nas **Ruínas de Chiloé**, uma antiga cidade indígena que desaparecera misteriosamente há séculos. À noite, ele ouvia vozes sussurrantes entre as árvores, como se os espír

O GATO PRETO (EDGAR ALLAN POE)

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  Por favor, comentem e compartilhem as histórias, ajudem o blog a crescer. CONTOS DE TERROR  O GATO PRETO -  Edgar Allan Pöe (1809 - 1849)   Não espero nem peço que acreditem na extraordinária e, contudo, vulgar história que lhe vou narrar. Na realidade, seria um louco se tal esperasse, num caso em que os meus sentidos repelem o seu próprio testemunho. E, todavia, eu não sou um doido —e não estou sonhando, com certeza. Mas, como devo morrer amanhã, quero hoje aliviar a minha alma. O meu fim imediato é apresentar ao mundo —claramente, sucintamente e sem comentários —uma série de simples acontecimentos domésticos. Pelas suas consequências, esses acontecimentos terrificaram-me, torturaram-me, aniquilaram-me. Entretanto, não tentarei aclará-los. Considero-os horríveis, ainda que a muitas pessoas possam parecer menos terríveis do que estranhos. É possível que mais tarde haja uma inteligência mais serena que reduza o meu fantasma à situação comezinha de simples lugar comum —uma inteligência

SOZINHA (Micro conto de terror)

 Maria sentiu um arrepio na espinha ao escutar a porta da cozinha ranger ao abrir. Depois, o som dos passos de algum animal e por fim o hálito fétido e o rosnado bem rente ao seu pescoço. Maria sempre sonhou com poder morar sozinha. Agora que tinha realizado seu sonho, não tinha ideia de pra quem gritar.

MICRO CONTO "O FANTASMA DO VELHO CASARÃO"

 **O Fantasma do Velho Casarão** No coração da cidade, escondido entre ruas estreitas e árvores centenárias, erguia-se um casarão de pedra. Seus corredores eram como veias entrelaçadas, e suas janelas, agora empoeiradas, testemunharam décadas de segredos e tragédias. Dizia-se que um fantasma perambulava por ali, uma alma aprisionada entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Seu nome era **Eloísa**, e ela havia sido a noiva abandonada. Na véspera de seu casamento, o noivo desapareceu sem deixar rastro. Diziam que ele fugira com outra mulher, mas Eloísa nunca soube a verdade. As noites eram as piores. O vento uivava pelos corredores, e as velas tremeluziam como se dançassem com os espectros. Eloísa aparecia nos espelhos, seu vestido de noiva manchado e rasgado. Seus olhos vazios buscavam o amado, mas ele nunca retornava. Os moradores da cidade evitavam o casarão, mas os mais corajosos ousavam entrar. Diziam que, à meia-noite, Eloísa sussurrava canções de amor nos ouvidos dos visitantes. Al

MICRO CONTO DE TERROR DE NÚMERO 55

 Aninha sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto enquanto permanecia  sem ousar mover nem sequer um músculo. Até a bexiga acabou por esvaziar, tamanho era seu medo. Podia sentir o hálito quente da criatura em seu pescoço.

O CAÇADOR (Conto de terror)

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  Aquela era uma vila pequena, perdida nos confins da Romênia de uns dois séculos atrás. Por quase duzentos anos essa vila fora um lugar relativamente pacífico, afastada das mazelas do mundo exterior.  O problema é que esse aprazível lugarejo foi erguido não muito longe de uma grande montanha em cujo cume erguia-se um imponente e sinistro e muito antigo castelo. Outro problema é que o povo também tem a memória curta, e muito da terrível história daquele castelo havia sido esquecida, e o que era lembrado passou a ser considerado como apenas superstição. Até que em uma noite de tempestade  aquele que dormia nas catacumbas do antigo castelo acordou de seu longo sono, e sentiu a presença daqueles que habitavam ao sopé da montanha. O que fez com que ao mesmo tempo que abria os olhos, ele voltasse a sentir sua sede eterna. Então,  ele levantou-se de seu caixão,  saiu de sua velha morada e, transformando-se em horrível e  gigantesco morcego, deceu até a vila e levou sua primeira presa. Um beb

DE TEMPOS IMEMORIAIS ELE VEIO

** De tempos imemoriais ele veio ** 1 - ... escondido em um porão de um navio de carga. Ficou ali na escuridão por todo o tempo que a viagem durou ou seja perto de quinze dias. Ficou todo esse tempo em silêncio, evitando os tripulantes e contentando-se em se alimentar de ratazanas.. Quando o navio finalmente ancorou no Rio de Janeiro ele esperou o anoitecer e sorrateiramente deixou a embarcação perdendo-se na noite carioca. E partiu em busca de uma alimentação mais adequada.                         **CONTINUA**

Micro conto de terror número 49

 Alzira, de quatorze anos estava sozinha em seu quarto, tendo vontade de gritar mas sem conseguir fazer isso enquanto observava o vulto disforme se arrastando pelo chão em direção a sua cama.  A luz estava acesa pois ela estava lendo um livro de seu autor favorito, Stephen King quando aquela coisa saiu de dentro do seu armário...

Micro conto de terror número 37

   O astronauta flutuava no espaço, sozinho e perdido. Ele olhou para o infinito e viu uma escuridão que parecia se mover. A escuridão se aproximou e ele percebeu que era um buraco negro. Ele tentou se mover, mas era tarde demais. O buraco negro o engoliu, e ele se viu em um lugar estranho e desconhecido. Ele olhou para cima e viu um céu escuro e sem estrelas. Ele olhou para baixo e viu um chão de pedra. Ele olhou para a frente e viu uma figura alta e escura. A figura se aproximou e ele percebeu que era um ser cósmico. O ser cósmico olhou para ele e disse: "Bem-vindo ao meu mundo". O astronauta gritou, mas ninguém o ouviu. Ele estava sozinho, perdido e condenado a vagar pelo mundo do ser cósmico para sempre.

Micro conto de terror número 36

 "Quem está aí?" - perguntou Suzana sentada em sua cama com a luz do quarto acesa. Não houve respostas, apenas a maçaneta da porta foi girada.

KRIPTA

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MICRO CONTO 3

 Numa casa na qual apenas ela morava Maria não conseguia parar de se perguntar de quem eram os passos que ela ouvia no andar de cima.

A MÃO DO MACACO.

 A noite estava fria e úmida, mas, na pequena sala de Laburnam Villa, os postigos estavam cerrados e o fogo ardia intensamente. Pai e filho jogavam xadrez. O primeiro tinha ideias próprias sobre o jogo que envolviam mudanças radicais, colocando o rei em tão graves e desnecessários perigos que provocava comentários até mesmo da grisalha senhora que tricotava placidamente junto à lareira.  – Escute o vento – disse o Sr. White que, percebendo tarde demais que cometera um erro fatal, cuidava benevolamente para que o filho não o percebesse.  —Estou ouvindo — disse o último, examinado impiedosamente o tabuleiro, ao estender a mão.  —Xeque.  —Não creio que ele venha esta noite — disse o pai, com a mão a pousada sobre o tabuleiro.  —Mate! —replicou o filho.  —Este é o lado ruim de viver em um lugar tão remoto — o Sr. White vociferou, com uma súbita e inesperada violência. — De todos os lugares terríveis, distantes e lamacentos para se morar, este é o pior. O caminho é um lamaçal e a estrada é

O CAMINHO DOS AMANTES

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 Eram nove horas de uma noite extraordinariamente fresca, o céu estrelado, os grilos e os sapos em sua sinfonia no bosque próximo. Arthur Henrique imaginou que era a noite perfeita pra levar sua namorada Samantha pra conhecer o "caminho dos amantes". Arthur levou Samantha até o fim da rua das Rosas, que era aonde começava o Caminho dos Amantes,que na verdade não passava de uma picada aberta no bosque que servia de motel para aqueles que não dispunham do vil metal para pagar o único motel de verdade que existia em Vila Velha. Adentraram o caminho tendo Hércules, o enorme mastim napolitano da moça sempre a frente. Seguiram assim por alguns minutos até que Arthur e Samantha notaram que o cachorro começou a ficar irrequieto. "Calma garoto" - falou Samantha tentando tranquilizar o animal que de repente começou a latir e rosnar furioso para alguma coisa nas sombras do bosque do outro lado de uma grande clareira banhada pela luz da lua cheia. De repente alguma coisa parece

UMA PEQUENA HISTÓRIA DE MEDO...

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Aquela era uma noite fria de inverno, Aninha tinha acabado de se deitar. Puxou o cobertor por sobre a cabeça e ficou bem quietinha. Sentia medo. Do quarto ao lado vinha os roncos do seu pai. Da sala vinha o som da tv ligada. Geralmente ouvir o pai no quarto ao lado a acalmava. Só que apenas os dois moravam na casa. E se seu pai estava dormindo, então quem ligou a televisão na sala?

O DIÁRIO DE ARTHUR (um pequeno conto de terror sobre fantasmas )

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  Uma pquena historia de terror sobre fantasmas e casas mau assombradas. Causo macabro. Era uma noite escura e tempestuosa, quando quatro amigos decidiram ir passear em um bosque perto da cidade. Eles estavam procurando por uma aventura, e ouviram falar de uma casa assombrada que ficava no meio do bosque. Eles pegaram suas lanternas, mochilas e coragem, e seguiram pelo caminho de terra que levava à casa. Quando chegaram, viram que a casa era velha e decrépita, com janelas quebradas e portas rangendo. Eles sentiram um arrepio na espinha, mas resolveram entrar mesmo assim. Afinal, eles não acreditavam em fantasmas. Eles exploraram os cômodos da casa, encontrando móveis empoeirados, quadros rasgados e objetos estranhos. Eles riram e brincaram com o que viam, tentando ignorar o clima sombrio. Em um dos quartos, eles acharam um baú trancado com um cadeado. Eles ficaram curiosos para saber o que havia dentro, e procuraram pela chave. Eles encontraram a chave em uma gaveta de uma cômoda, e vo

A MALDIÇÃO DA PIRÂMIDE (conto de terror)

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A Maldição da Pirâmide Por Sandro Jarbas Malheiros  Uma história de terror, horror, vingança, ganância, maldição  e magia negra. Era o ano de 1920, e um grupo de cientistas e exploradores estava em uma expedição no Egito, em busca de antigas relíquias e mistérios. Eles tinham ouvido falar de uma pirâmide escondida no deserto, que supostamente continha tesouros e segredos de uma civilização perdida a muito, muito tempo atrás. O líder da expedição era o professor Arthur Smith, um renomado arqueólogo e historiador da Universidade de Oxford. Ele estava acompanhado por sua assistente, a jovem e inteligente Alice Jones, que sonhava em seguir seus passos. Além deles, havia o guia local, Ahmed, que conhecia bem a região; o fotógrafo, James, que documentava tudo com sua câmera; e o médico, Henry, que cuidava da saúde e segurança de todos e dez carregadores encarregados de transportar os mantimentos e ferramentas de escavação. Após vários dias de viagem pelo deserto, eles finalmente avistaram a