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DRÁCULA, uma nova versão para uma antiga história. Parte 8.

Em meio à penumbra do quarto, Harker sentiu o ar rarefeito e o odor de mofo que permeava as paredes de Exham Priory. A mansão ancestral, outrora grandiosa, agora se erguia como um monumento à decadência. O lamento das tábuas rangentes sob seus pés ecoava a melancolia de séculos passados, e ele sabia que algo sinistro se escondia nas sombras. O grito, agudo e desesperado, reverberou pelas paredes, fazendo com que Harker subisse as escadas com urgência. Seu coração martelava no peito, e o medo o impelia para frente. Ao adentrar o quarto da filha, encontrou sua esposa petrificada, os olhos fixos na varanda. Lá, à luz pálida da lua, estava a criatura. As asas de morcego se estendiam como véus negros, e seus olhos, vermelhos como brasas ardentes, perfuravam a escuridão. Harker sentiu o frio da morte ao encarar aquele ser que desafiava a lógica e a razão. O sangue ancestral pulsava em suas veias, e ele compreendeu que estava diante de algo além da compreensão humana. A criatura se movia com

Sombra Além do Tempo (conto de terror)

 Sombra Além do Tempo  Parte I: O Manuscrito Esquecido Em uma noite chuvosa, o jovem estudante de arqueologia, **Edward Grant**, encontrou-se diante de um enigma que desafiava toda a sua compreensão. Durante suas pesquisas na biblioteca da Universidade de Miskatonic, ele tropeçou em um manuscrito antigo, escondido nas profundezas dos arquivos empoeirados. O título era simples: "A Sombra Vinda do Tempo". As páginas amareladas exalavam um odor estranho, como se tivessem sido impregnadas por séculos de segredos inomináveis. Edward, movido por uma curiosidade insaciável, começou a decifrar o texto. O autor, um certo **Ezekiel Whateley**, descrevia uma experiência que ocorrera décadas atrás. Ele alegava ter encontrado uma fenda no tecido do tempo, uma brecha que permitia vislumbrar realidades além da nossa compreensão. Whateley descrevia criaturas indescritíveis, seres que dançavam à margem da insanidade humana. ### Parte II: A Jornada Proibida Intrigado e perturbado, Edward decid

O Chamado do Vento Gélido (conto de terrr

 [1]: https://lovecraft.fandom.com/wiki/Ithaqua "" [2]: https://contosdetodososcant --- ## O Chamado do Vento Gélido ### Parte I: O Despertar Na vastidão congelada do norte, onde os ventos sussurram segredos ancestrais e as árvores se curvam sob o peso do gelo, um explorador solitário chamado **Edward Thorne** se aventurou. Ele buscava respostas, mas não sabia que estava prestes a desvendar um mistério que o levaria à beira da insanidade. Edward havia ouvido falar das lendas do **Wendigo**, a criatura que assombrava os sonhos dos nativos. Dizia-se que o Wendigo era um ser antigo, nascido do frio impiedoso e da fome insaciável. Quando o inverno se tornava mais cruel, ele emergia das sombras, faminto por carne humana. Em uma noite de lua cheia, Edward encontrou uma caverna escondida entre os penhascos de granito. O ar ali dentro era pesado, como se o próprio gelo tivesse vida. Ele acendeu sua lanterna e adentrou o abismo escuro. ### Parte II: A Revelação No coração da caverna,

UM PEQUENO CONTO DE TERROR E LOUCURA

  Aqui está uma história inspirada no estilo de H.P. Lovecraft, ambientada no antigo Egito: No coração do deserto implacável, erguia-se uma cidade esquecida pelo tempo, suas ruínas cobertas pelas areias incessantes e segredos obscuros. Os sábios a chamavam de Nefer-Ka, a Cidade Proibida, onde os deuses antigos haviam sido adorados e temidos. Um arqueólogo, obcecado com lendas de poderes antigos, encontrou um mapa que o levou a Nefer-Ka. Ele ignorou os avisos dos aldeões supersticiosos e adentrou as ruínas, acompanhado apenas pela lua crescente e um silêncio perturbador. À medida que explorava os templos desmoronados, ele encontrou hieróglifos que narravam a ascensão e queda de um faraó desconhecido, cujo nome havia sido apagado da história. Este faraó, diziam os hieróglifos, havia feito um pacto com uma entidade além das estrelas, um ser de caos e escuridão, em troca de conhecimento proibido e poder eterno. O arqueólogo, incapaz de resistir à tentação, recitou os encantamentos antigos

KRIPTA GALERIA DO TERROR

 **Galeria do Terror**, também conhecida como **Night Gallery**, é uma série de antologia criada e apresentada por **Rod Serling**. Ela estreou na **NBC** em **8 de novembro de 1969** e ficou no ar por três temporadas, com um total de **50 episódios** produzidos. Diferentemente de sua famosa série anterior, **The Twilight Zone**, Serling não tinha o mesmo controle sobre **Galeria do Terror**. A série apresenta contos de terror e sobrenatural, muitas vezes envolvendo elementos macabros. Os episódios são introduzidos por um curador ou guia artístico, interpretado por Rod Serling. Ele nos entrega uma breve visão geral da pintura que será apresentada e, em seguida, a câmera "entra" nessa realidade, onde testemunhamos eventos relacionados ao que foi retratado na tela. Vamos explorar os três segmentos do episódio piloto: 1. **O Cemitério (The Cemetery)**: Exibido em 8 de novembro de 1969, este segmento apresenta uma trama de forte teor psicológico. Após matar seu tio, um homem é as

MICRO CONTO DE TERROR NÚMERO 63

 Leonel  estava em estado de choque, sem desviar os olhos do corpo do irmão morto no banco do carona depois da batida... Isso o incomodava muito mais do que o próprio corpo sentado ao volante com um ferro atravessado no coração.

POLTERGEIST, O FENÔMENO 1982 (RESENHA)

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**Poltergeist: O Fenômeno**, lançado em **1982**, é um filme de **fantasia** e **terror** dirigido por **Tobe Hooper** e escrito por **Steven Spielberg** e **Michael Grais**. Vamos explorar os detalhes desse clássico do cinema: - **Sinopse**:   Uma família é atormentada por **fantasmas** que, inicialmente, se manifestam apenas movendo objetos pela casa. Gradativamente, esses fenômenos vão se tornando mais aterrorizantes, culminando no sequestro da caçula da família através do televisor. Desesperados, os pais buscam a ajuda de uma especialista em fenômenos paranormais ¹. - **Elenco**:   - **Craig T. Nelson** como Steve Freeling (pai)   - **JoBeth Williams** como Diane Freeling (mãe)   - **Heather O'Rourke** como Carol Anne Freeling (a caçula)    - **Recepção**:   - **Críticas dos Usuários**: O filme recebeu avaliações positivas, com muitos considerando-o um dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Alguns apreciaram a abordagem espiritual presente na trama ¹.   - **Curiosid

A PRESENÇA

1 Acho que foi na segunda  ou terceira noite que passei na casa nova em Curitiba. Não lembro mais. Estava sozinho, era uma noite gelada de inverno. Estiquei o colchonete no chão, apaguei a luz, me deitei e me cobri com os dois cobertores grossos e felpudos que tinha ganho de minha irmã. E rezei muito pedindo para permanecer sozinho. Não adiantou. Não demorou e senti a presença no quarto, a mesma que já tinha sentido na casa da qual acabará de me mudar. O ar ficou mais frio do que já estava e alguma coisa subiu pelos meus pés em direção ao meu rosto... Naquela noite gelada de inverno, eu me encolhi sob os cobertores, desejando que a solidão fosse sua única companhia. Mas o universo tinha outros planos. A escuridão do quarto parecia mais densa, como se algo estivesse espreitando nas sombras. A presença se materializou lentamente. Primeiro, um arrepio percorreu a minha espinha, e eu pude sentir os pelos dos braços se eriçarem. O ar ficou ainda mais frio, e eu pude ver meu próprio hálito c

Micro conto de terror número 60

"Maria acordou no meio da noite e sentiu um arrepio na espinha. Ela se levantou e foi até o quarto da filha. A janela estava aberta e a cama da filha estava vazia. Maria correu para a janela e olhou para fora. Ela viu uma figura escura se movendo no quintal. Ela gritou o nome da filha, mas não houve resposta. Maria correu para fora da casa e seguiu a figura escura. Ela viu a figura entrar em uma casa abandonada. Maria entrou na casa e ouviu um som vindo do porão. Ela desceu as escadas e viu a filha amarrada e amordaçada. Maria soltou a filha e a levou para casa. A filha disse que um homem a havia sequestrado e a levado para a casa abandonada. Maria chamou a policia que procurou o estranho homem mas não o achou." Maria levou a filha pra casa e nunca mais a deixou dormir sozinha.

Micro conto de terror número 49

 Alzira, de quatorze anos estava sozinha em seu quarto, tendo vontade de gritar mas sem conseguir fazer isso enquanto observava o vulto disforme se arrastando pelo chão em direção a sua cama.  A luz estava acesa pois ela estava lendo um livro de seu autor favorito, Stephen King quando aquela coisa saiu de dentro do seu armário...

Micro conto de terror número 41

  **  Algo nas sombras ** A semanas que Pricila não dorme direito nem apaga as luzes durante a noite... desde que as vozes começaram a chamar seu nome durante as noites sombrias...vozes que sempre vinham dos lugares mais assustadores: as vezes de dentro do armário... as vezes de debaixo da cama...

Micro conto de terror número 39

** Torcedor do Real Madrid**   Rogério foi dormir muito tarde naquela noite porque queria assistir ao jogo do Real Madrid. Antes de se deitar conferiu todas as portas e janela para se certificar que estava tudo trancado e só então foi pro quarto. Trocou de roupa, apagou a luz e se deitou. E só então reparou no vulto acocorado em um canto do aposento... "Bom jogo né?" disse a aparição. Rogério pulou da cama, empunhando o trinta e oito que mantinha embaixo do travesseiro e acendeu a luz. E não viu nada no canto onde vira o vulto. Então sentiu uma presença atrás de si e escutou uma voz sinistra dizendo:  "Calma, não estou com fome ainda. Paciência, temos a noite toda."

Micro conto de terror 26

  O espelho** Ela se olhou no espelho e viu um rosto que não era o seu. O reflexo sorriu para ela, mas seus olhos estavam vazios. Ela tentou se afastar, mas o espelho a puxou para dentro. Agora ela está presa lá, olhando para fora, enquanto o reflexo vive sua vida.

Micro conto de terror 22

 Deitado em seu quarto escuro e quente,Tiago queria muito gritar e chamar a esposa que dormia a seu lado. Mas a mão cadavérica e apodrecida da coisa que estava sobre ele de alguma forma parecia obriga-lo a ficar imóvel e quieto.

KRIPTA

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Micro conto de terror 13

Manhã cedinho... Helena está em seu banheiro, de frente pro espelho, penteando seu cabelo. Seus cabelos são sua maior satisfação. São castanhos, sedosos e compridos, indo até abaixo da cintura. Helena sorri para si mesma, guarda a escova e vira as costas para sair do banheiro. Nem repara que a imagem continua ali, olhando enquanto ela se vai. Só que já não é seu reflexo. É a imagem de uma mulher consideravelmente mais velha, rosto coberto de chagas e sem um fio de cabelo. E seus olhos, seus olhos estão cheios de amargura e ódio...

Micro conto de terror 12

 Diógenes abriu os olhos para a escuridão do quarto e contemplou a porta de vidro que dava pra sacada. E estremeceu. Hávia alguém lá. Alguém que o chamava pelo nome, pedindo-lhe para abrir a porta. Diógenes sabia que aquela não era uma boa idéia. Mas aquela voz era tão persuasiva...

MICRO CONTO DE TERROR 9

 Sueli e o marido escutaram passos no quarto do nenê. Assustados subiram a escada correndo e entraram no aposento. Mas não havia ninguém lá. Nem mesmo a criança...

MICRO CONTO DE TERROR 8

  Algo macio e peludo lambe a bochecha da velha Rosinha na escuridão do quarto. "De onde saiu esse gato?"- pergunta-se ela. Porque ela não tem nenhum felino em casa. Ainda mais um com um cheiro tão forte de coisa podre ..

A SOMBRA Edgar Allan Poe (conto de terror)

 Sombra Edgar Allan Poe Vós, que me ledes, estais ainda entre os vivos; mas eu, que escrevo, terei desde há muito partido para o mundo das sombras. Na verdade, estranhas coisas virão, inúmeras coisas secretas serão reveladas, e muitos séculos decorrerão antes que estas notas sejam lidas pelos homens. E quando eles as tiverem lido, uns não acreditarão, outros porão as suas dúvidas, e muito poucos de entre eles encontrarão matéria para fecundas meditações nos caracteres que eu gravo com um estilete de ferro nestas tabuinhas. O ano havia sido um ano de terror, cheio de sensações mais intensas que o terror, sensações para as quais não há nome na Terra. Muitos prodígios, muitos sinais haviam ocorrido, e de todos os lados, em terra e no mar, se tinham amplamente estendido as asas negras da Peste. Aqueles, porém, que eram sábios, conhecedores dos desígnios das estrelas, não ignoravam que os céus prenunciavam desgraça; e, para mim (o grego Oino), como para outros, era evidente que atingíamos o