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UMA NOITE CHUVOSA (Conto de terror)

 A noite estava escura e chuvosa, com a estrada sinuosa serpenteando pelas montanhas entre Curitiba e Blumenau. O homem, um viajante solitário, dirigia com cuidado, os faróis do carro cortando a escuridão como lâminas afiadas. A chuva batia no para-brisa, criando um ritmo hipnótico que ameaçava embalar o motorista em um sono profundo. O rádio estava sintonizado em uma estação estática, e o homem lutava contra o cansaço. Ele havia partido de Curitiba tarde demais, e agora estava pagando o preço. Seu olhar se fixava na estrada, mas sua mente vagava para lugares sombrios. Ele pensava em histórias de lobisomens e criaturas noturnas, contadas pelos moradores das pequenas vilas que passara. Foi então que aconteceu. O carro derrapou na pista molhada, rodopiando descontroladamente antes de capotar e cair em uma ribanceira. O impacto foi brutal, e o homem desmaiou. Quando acordou, estava confuso e dolorido. O carro estava destruído, as portas amassadas e os vidros quebrados. Ele tentou se mover

JOSÉ E O LOBISOMEM

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  Era uma noite escura e tempestuosa. O Sr. José, um homem de sessenta anos, estava dirigindo seu carro pela estrada deserta, voltando de Curitiba para o sítio aonde morava, quando de repente o motor começou a falhar. Ele tentou ligar o carro novamente, mas sem sucesso. Sem outra opção, ele vestiu uma capa de chuva,  saiu do carro e abriu o capô para ver se conseguia descobrir o que estava errado. Foi então que ele ouviu um uivo estranho vindo do bosque próximo. Ele olhou em volta, mas não viu nada. Ele tentou ignorar o som, garantiu para si mesmo que era apenas um cachorro vira latas e continuou a trabalhar no carro. Mas então ele ouviu o som novamente, desta vez mais perto. Incomodamente perto. Ele olhou para a floresta e viu um par de olhos brilhantes olhando para ele. Ele ficou paralisado de medo quando viu um lobisomem emergir das sombras. O lobisomem avançou em direção a ele com dentes afiados e garras afiadas e um urro tremendo. O Sr. José tentou correr, mas tropeçou e caiu no c

A VILA SOLITÁRIA CAP 1 e 2

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  A vila solitária Capítulo 1           Caía uma garoa fina e gelada naquela tarde de Sexta Feira. Cavaleiro e montaria atravessavam uma região de árvores ressequidas e tristes. A tarde findava e o homem, tremendo de frio apesar do sobretudo que usava, temia não encontrar um lugar para passar a noite. Foi quando os últimos raios de sol começaram a desaparecer que ele viu a vila. Parado a beira de um ingreme barranco ele ficou a observar as construções de madeira e pedra, principalmente a torre de uma igrejinha. Não era grande coisa, na verdade transmitia uma impressão de tristeza e desolação tão grande quanto a mata de árvores secas que acabara de atravessar, mas ele pensou que seria melhor passar a noite ali do que nos ermos enfrentando o frio e a chuva e o que mais se esgueirasse pelas sombras. Quem sabe houvesse ali até mesmo um lugar decente para tomar uma cerveja e comer um bom bife mau passado.                 O homem guiou o alazão a procura de uma trilha que o conduzisse em seg