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FANTASMAS PASSADOS CAP 3

 "Onde estão meus modos? Esqueci de me apresentar. Chamo-me Sandro, mas se quiserem também podem me chamar de San Pepers, e além de ser dono desse bar também trabalho com jardinagem e eliminação de pragas. Vampiros, lobisomens e outras coisas mínimas. "A, sim. Também tenho o don bem chato de falar com gente morta." "Mãe, você podia ter dito que ela era uma vampira." ""Eu não. Queria ver se você finalmente tinha aprendido alguma coisa." Então, como num passe de mágica a vampira desapareceu em uma nuvem de vapor e eu vi minha mãe segurando um crucifixo.  "Vem, vamos embora. Ela logo vai voltar."

FANTASMAS PASSADOS capítulo 1

Uma ideia maluca que me ocorreu para uma história mais complexa e longa. Tomara que alguém se sinta interessado em ler. 1 Eram por volta das oito horas de uma noite gelada de inverno - e Deus sabe que em Curitiba todas as noites de inverno são geladas - quando ela entrou pela porta do meu bar, trazendo junto de si o ar frio da noite. "Alguém fecha essa porta, que merda. Rabo comprido."- reclamou uma senhora baixinha e rechonchuda com cara de poucos amigos sentada a um canto. "Meu Deus" murmurei baixinho prestando atenção nessa senhora pela primeira vez. Sai rápido de traz do balcão, passei pela ruiva estonteante que acabará de entrar e fui até onde a senhora baixinha estava. Ou pelo menos onde eu achava que estava. "Que droga", pensei eu olhando para um lado e para o outro. "Pensei que já tinha superado isso."   Voltei para trás do balcão e fui atender a ruiva recém chegada. Corpo de violão e um sorriso estonteante. Bem o meu tipo. Devia saber qu

AQUILO QUE MORA NOS ESGOTOS CURITIBANOS

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 Estranhas mortes de mendigos nas noites de Curitiba. A polícia não tem pistas. Aquela era uma noite bastante agradável de verão. A temperatura estava em uns vinte graus e soprava uma brisa fresca que varria as ruas do centro de Curitiba, onde um forte cheiro de urina impregnava o ar. Ali, no silêncio da madrugada, sob a marquise de uma loja e enrolado em um velho e encardido cobertor Anderson dormia sozinho, sem nenhuma viva alma por perto. Seu sono era pesado em virtude da garrafa de cachaça semi esvaziada caída no chão a seu  lado.  De um bueiro junto ao meio fio a poucos metros de distância os muitos dias sem banho de Anderson chamaram a atenção de algo. Lenta e sorrateiramente, sem fazer qualquer ruído, o predador foi saindo do bueiro escuro, uma massa gelatinosa e disforme que avançou pela calçada até a presa adormecida. E lenta e sorrateiramente foi envolvendo o corpo de Anderson sem que esse nada sentisse. Apenas quando não conseguiu mais respirar foi que ele despertou, confuso